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Conversas com Dança || ed. 3 || A DANÇA NA COMUNIDADE – comunicação e criação através da dança com diferentes comunidades

Associação PédeXumbo (Atualizado em: 14 Março, 2024 )

A dança poderá ser um bom meio de comunicação e de integração?
Que comunidades dançam? Ou como se levam as comunidades a dançar?
Porquê dançar em diferentes contextos geográficos e com diversas comunidades?

A dança, como outra área artística, tem sido integrada como ferramenta de trabalho em diferentes contextos geográficos, sociais e culturais para chegar a objectivos muito distintos.
O foco da terceira conversa do Ciclo “Conversas com Dança” é o de perceber e debater vários contextos em que se opta pela dança como instrumento de trabalho em comunidades específicas.
Conversa moderada por Ana Silvestre (Psicóloga e professora de danças tradicionais) e a participação de Madalena Vitorino do projeto Lavrar o Mar (coreógrafa), Rui Catalão da Produções Independentes (encenador) e Claudina Correia pela Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal (BYP).

24 de Outubro de 2020
15h00 | S.H.E (Sociedade Harmonia Eborense), Évora

Clica para ler: Transcricao_das Conversas com Dança 2020

Oradores

Madalena Vitorino

Estudou dança contemporânea, composição coreográfica e pedagogia das artes no The Place / London School of Contemporary Dance, no Laban Centre/Goldsmith’s College, University of London e na Exeter University nos anos 70 e 80 no Reino Unido.
O seu trabalho tem se evidenciado pela criação de projectos que se vocacionam para a aproximação entre discurso e prática artística e a sociedade em geral.
Cria com vários colegas da sua geração nos anos 90 , o Forum Dança. Desenvolve entre 1996 e 2008 no Centro Cultural de Belém, o primeiro espaço em Portugal, de fruição artística internacional para um público jovem.
Entre 2008 e 2018, foi co-programadora com Giacomo Scalisi e Miguel Abreu no Festival TODOS, Caminhada de Culturas, um festival sobre interculturalidade e urbanidade, uma iniciativa da CML e Academia de Produtores Culturais.
Criou a Cooperativa Cultural COSA NOSTRA com Giacomo Scalisi em 2016. Lecciona em múltiplas instituições de Ensino Superior.
Cria em 2016 com Giacomo Scalisi o projecto cultural e rural LAVRAR O MAR, as Artes no Alto da Serra e na Costa Vicentina que continua a aprofundar. Constrói peças coreográficas que têm atravessado o país e vários outros países, como a Australia e a Itália e que envolvem temas fortes da existência, pessoas de idades e com experiências de vida diferentes, em co-criação com intérpretes profissionais.
Tem ganho inúmeros prémios, sendo a sua contribuição artística reconhecida pela sua carga humanística.

Rui Catalão

Dramaturgo, encenador e performer, Rui Catalão vem desenvolvendo desde há uma dezena de anos documentários cénicos, onde cruza crónicas do quotidiano com memória e identidade geracional. Destacam-se os solos autobiográficos “Dentro das palavras”, “Av. dos Bons Amigos”, “Canções i comentários”, “Trabalho Precário” e “Conquista de Ceuta”. Mais recentemente dirigiu um colectivo de jovens de origem e ascendência africana, que interpretam as suas próprias histórias, com narrativas da guerra, da vida no subúrbio e da diáspora africana: “E agora nós”, “Adriano já não mora aqui”, “Medo a caminho” e “A Rapariga Mandjako”. Dirigiu as peças de grupo “Jornalismo Amadorismo, Hipnotismo” e “Último Slow”, assim como “Assembleia”, onde envolve o público num debate sobre temas e histórias da comunidade onde a assembleia é programada. Recriou para o teatro as personagens bíblicas Ester e Judite.  Na Roménia, onde viveu em 2006-2009, dirigiu os espectáculos “Atât de Frageda”, “Follow That Summer” e “Coada Soricelului”. Escreveu os guiões cinematográficos “Capacete Dourado” (real. Jorge Cramez) e “Morrer como um homem” (real. João Pedro Rodrigues), assim como os livros “Ingredientes do Mundo Perfeito” (sobre Tiago Rodrigues) e “Anne Teresa De Keersmaeker em Lisboa”. Foi intérprete de “A cara que mereces” (real. de Miguel Gomes). Licenciado em comunicação social pela UAL, foi crítico de cinema desde a adolescência no Jornal de Sintra e jornalista do Público, onde continua a colaborar. Como dramaturgista, colaborou com João Fiadeiro, Ana Borralho e João Galante, Miguel Pereira, Elmano Sancho, Diana Bastos Niepce, Sofia Dinger, Mihai Mihalcea, Eduard Gabia, Manuel Pelmus, Mihaela Dancs, Brynjar Bandlien, Madalina Dan.

 

Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal (BYP)

A Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal (BYP) é uma associação cultural sem fins lucrativos fundada em 1996 com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. É detentora do estatuto de utilidade pública e é reconhecida pelo Alto Comissariado para as Migrações (ACM) como Associação Representativa dos Imigrantes e seus Descendentes.
Tem como alvo primordial os jovens e crianças interessados na cultura africana, provenientes de meios económicos mais ou menos desfavoráveis. A filosofia da associação baseia-se na convicção de que, independentemente das condições económicas e sociais de cada pessoa, o (re)conhecimento e valorização das suas raízes culturais é um fator essencial para a consolidação da sua autoestima e sentimento de pertença.
Desenvolvendo um trabalho de referência no campo da educação não formal, particularmente no domínio da inclusão através da arte e de iniciativas de organização comunitária e promoção da cidadania, a associação contribui para que estas crianças e jovens se tornem líderes confiantes e responsáveis no futuro e se posicionem do ponto de vista sociocultural na sociedade onde vivem, contribuindo para um país mais intercultural, cosmopolita e tolerante.
Desde 1996, a Batoto Yetu, que significa “as nossas crianças” em Suaíli, ajudou a incluir pelas artes cerca de 1400 bailarinos e músicos, realizando mais de 450 atuações em palcos nacionais e internacionais (Angola, Cabo Verde, Espanha, Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Senegal), a par de atuações em programas televisivos.
Atualmente conta com 907 sócios, sendo a grande maioria crianças, jovens e seus familiares que acedem e frequentam o espaço da Associação no âmbito das várias atividades.

Claudina Correia

Claudina Correia. Bailarina desde 1996. Formação em Dança na Escola Superior de Dança em 2004 e coreografa desde o mesmo ano. Formação em dança Africana desde 1996, tem participado em treinamentos realizados em Portugal e no estrangeiro (Estados Unidos, Angola, Londres, Senegal). Participação em formações específicas em dança Afrocontemporânea, dança tradicional de Burkina Faso, Guiné Conacry, Cabo verde, Angola e Senegal. Bailarina e uma das responsáveis pela parte artística na Batoto Yetu Portugal desde 2001. Professora de dança de crianças e jovens no contexto da inclusão social em diversas organizações, desde 2002. Apesar de forte foco na educação de jovens também já deu aulas de dança para adultos a nível particular. Suas coreografias são baseadas em danças tradicionais de países da costa Oeste africana, com movimentos que representam algumas das atividades diárias de seu povo, especialmente simbolizando a força e a beleza da mulher africana.

Moderadora

Ana Silvestre


Psicóloga e Professora de Danças do Mundo com vasta experiência no trabalho de movimento com diferentes faixas etárias. Ao longo do seu percurso tem integrado projectos sempre ligados às expressões artísticas, desde o pré-escolar, ensino básico (trabalho pedagógico com comunidades vulneráveis), até à idade adulta. Como Psicóloga trabalhou nos últimos dois anos na área da Intervenção em Crise, com crianças e jovens em contexto de Violência Doméstica em Casa Abrigo. É Técnica de Apoio à Vítima, tem formação em Igualdade de Género, e é Colaboradora Assistente na Universidade de Évora com a disciplina de Psicologia e Corporeidade. Co-criadora em projetos como o Baile das Histórias (uma co-produção Casa das Histórias Paula Rego e PédeXumbo); Bail`A Rir, Era Uma tela em Branco e Mandadora de baile no grupo Folk Aqui Há Baile. Integra o elenco da ACCCA (Companhia Clara Andermatt) no espectáculo Fica no Singelo como
Formadora e Mandadora de Danças Tradicionais Portuguesas. Desenvolveu Projecto Inclusão em Movimento, com pessoas portadoras de deficiência desenvolvido pela C.M.E. Colabora com a Associação Pédexumbo desde 2006, como monitora de Danças Tradicionais do Mundo, como dinamizadora de oficinas e formação de formadores na área das Danças Tradicionais. Desenvolveu trabalho como Artista MUSE-pe (projecto da Fundação Menuhin e Projecto Escolhas), com a actividade artística Dança e Movimento com grupos do pré-escolar e ensino básico.

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