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Conversas com Dança

Associação PédeXumbo (Atualizado em: 12 Julho, 2019 )

Desde 2018 que a PédeXumbo promove uma conversa anual,  informal, sobre a dança em Portugal nos seus diferentes contextos, apostando em convidar um orador e um bailador tradicional, tendo como missão levar os ouvintes, em algum momento, a dançar. Estas conversas pretendem assim provocar pensamentos sobre a dança!

O ciclo Conversas com Dança visa proporcionar encontros entre pessoas com percursos diferentes na Dança, onde se convidam oradores e participantes a refletirem sobre a Dança em contextos geográficos diferentes, apostando no diálogo entre o tradicional e o contemporâneo.

Este é um projeto pensado a quatro anos – quatro conversas que convidam à dança –  o mote desta atividade que contará com diferentes oradores e bailadores.

Fotografia Fu Qiang

Para ouvir

Áudio completo da 5ª edição das Conversas com Dança com o tema “Dançar no Alentejo”. Uma conversa moderada por por Helena Rocha (Direção Regional de Cultura do Alentejo) com a participação da Paula Garcia (Coordenadora da Equipa de Missão da Candidatura “Évora Cidade Candidata a Capital Europeia 2027), da Natércia Kuprian (autora do Caderno de Danças do Alentejo – Margem Esquerda do Guadiana, vol.2) e do César Silveira (Diretor do Musibéria – Centro de criação, investigação e difusão da diáspora da cultura ibérica).

Edições

Conversas com Dança
ed. 5 || DANÇAR NO ALENTEJO.

Que estruturas, coreógrafos e bailarinos habitam o Alentejo?
Há espaço para a dança no Alentejo? Como poderá esta ser mais valorizada num território tão vasto e com pouca densidade populacional?
Afinal dança-se no Alentejo? Quem dança? E o que se dança por cá?

O Alentejo é muitas vezes, incorretamente, associado apenas ao cante e em alguns territórios ao teatro, mas poucas vezes se fala de dança. Sabemos que a dança nem sempre foi prática profissional e artística desta área mas também sabemos que sempre fez parte de momentos de celebração e do dia-a-dia.
Dançou-se, durante muitas décadas, de uma forma informal sem qualquer pretensão artística e continua-se a fazê-lo nos muitos “bailaricos” que existem em todas as terras que compõem o Alentejo. E por tal, podemos afirmar que no Alentejo muito se dança?
Nesta conversa queremos saber mais sobre esta forma de dançar comunitariamente mas também perceber que outro espaço há para a dança, artisticamente falando, no Alentejo.
Quem por cá anda e como a dança é abordada, programada e dançada por quem habita este território.
A conversa será moderada por Helena Rocha (Direção Regional de Cultura do Alentejo) e terá a participação da Paula Garcia (Coordenadora da Equipa de Missão da Candidatura “Évora Cidade Candidata a Capital Europeia 2027), da Natércia Kuprian (autora do Caderno de Danças do Alentejo – Margem Esquerda do Guadiana, vol.2) e do César Silveira (Diretor do Musibéria – Centro de criação, investigação e difusão da diáspora da cultura ibérica).

22 de Outubro de 2022
15h00 | Pousada da Juventude, Évora

Entrada Livre

Oradores

Paula Mota Garcia (n. 1973). Coordenadora da equipa de missão da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027, Paula Mota Garcia tem feito um percurso profissional, sobretudo, na área da programação cultural enquanto estratégia de desenvolvimento de territórios e de públicos. A par do desenvolvimento de conceitos que relacionam a arte com outras escalas da dimensão humana, como a educação ou a economia criativa, tem coordenado vários projetos de intervenção artística em comunidades específicas e trabalhado com outros programadores, nomeadamente, na criação/consolidação de redes de programação, ao nível regional e nacional, tendo estado, diretamente, envolvida na criação da PERFORMART – _Associação para as Artes Per-
formativas em Portugal (outubro 2016). Releve-se ainda o desenvolvimento de parcerias com empresas, contribuindo para o aprofundamento do mecenato cultural em Portugal. Até março de 2020, foi diretora-geral e de programação do Teatro Viriato (Viseu, Portugal), instituição com quem colaborou desde 1999, tendo recebido em setembro de 2019, pelas mãos de Sua Excelência o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o título de Membro Honorário da Ordem do Mérito, atribuído ao CAEV/Teatro Viriato, a propósito dos seus 20 anos de atividade.Nos últimos anos tem sido convidada para proferir comunicações em conferências/encontros de âmbito nacional e internacional, bem como para a redação de textos para edições em torno da sua experiência nas artes performativas.

Natércia Kuprian é Mestre em Performance Artística/Dança pela Faculdade de Motricidade Humana, é formada nos Cursos de Monitores de Dança Criativa da Companhia Amalgama e de Dança na Comunidade do Fórum Dança, Lisboa. É Licenciada em Animação Sociocultural especialização de Património e Identidade pela Escola Superior de Educação de Beja. Destaca a formação em dança contemporânea com os professores Ana Borges, Vanda Melo, Nélia Pinheiro, Rafael Leitão, Elizabeth Colbert, Manuela Pedroso, Ana Mira, Jeff Meiners, Margarida Bettencourt e Alicia Souto. Tem orientado aulas regulares e oficinas de dança criativa com diferentes grupos etários da comunidade, com e sem experiência em dança e/ou nas artes performativas em diferentes cidades do país (Funchal | Dançando com a Diferença, Escola EB1 Eleutério de Aguiar, Centro de Segurança Social da Madeira e Instituto de Prevenção da Toxicodependência, Proença –a – Nova |Casa do Benfica , Serpa | Musibéria e Figueira da Foz | Corpo de Hoje – associação cultural). Atualmente concilia a sua atividade profissional de Técnica Superior de Animação com os projetos de criação cultural independentes. Participou na qualidade de monitora, intérprete, assistente de produção e coreógrafa em projetos da Companhia Dançando com a Diferença.

César Silveira é licenciado em Música na vertente Piano, é mestrado em Música com especialização em Composição, é pós-graduado em Gestão e Cooperação Cultural Internacional e pós-graduado em Gestão Coletiva e Direito de Autor na Lusofonia. Atualmente cumpre a função de diretor do Musibéria.

Moderadora

Helena Rocha. Montemor-o-Novo, 1975 – nasce abençoada pela ceia fabulosa da sua Mãe antes do parto. Licencia-se em Línguas e Literaturas Modernas- tradução- PT/IN – ainda sem conhecer a Martha Nussbaum, mas a acreditar no poder transformador da Literatura, das Humanidades e das Artes, praticando ballet clássico e participando em teatro escolar e amador durante vários anos. Em 1999 – literalmente no século passado – e depois de dar aulas de inglês, começa a trabalhar na, agora, Direcção Regional de Cultura do Alentejo /MC. Ausenta-se durante o ano de 2021 abraçando outros desafios, e regressa a Évora, à Casa-Mãe profissional, onde desempenha funções nas áreas da dinamização e promoção culturais, avaliando e acompanhando iniciativas e projectos artísticos e criativos de diferentes tipologias, domínios e dimensões, contribuindo para que a Cultura seja efectivamente o pilar do desenvolvimento neste território ímpar que é o nosso Alentejo. Um grande amigo, Professor do Secundário e Mestre de Teatro, avisou-a várias vezes para nunca se dedicar à Cultura. Mas quis seguir-lhe o exemplo, enriquecer a Vida e dedicou-se ao serviço público na área da Cultura. Aprender é um dos verbos do seu ADN e conclui uma Pós-graduação em Gestão e Empreendedorismo Cultural e Criativo, continuando sempre a desenvolver competências que lhe permitam realizar as suas funções com padrões e valores elevados, rigor, escuta, diálogo, abertura, na sua autenticidade e o foco na sustentabilidade do futuro que é o hoje. Adora comunicar, dançar, ler, cozinhar, praia e mar. Música, Cinema, Teatro, Dança. Jazz. Ópera. Piano, Violino, Contrabaixo. Pratica Yôga e é adepta de viajar cá dentro e fora, caminhadas, jantaradas, petiscos e longas e entusiásticas conversas com família e amigos.

Conversas com Dança
ed. 4 || A DANÇA EM TEMPOS DE CONFINAMENTO – continuar a dançar durante a pandemia

Pararam os corpos de dançar durante os períodos de confinamento? Quem continuou a dançar?
Que adaptações foram feitas aos projetos e programas com dança?
É possível dançar socialmente online?
Como se voltaram a ativar os corpos dançantes?

A crise pandémica e os períodos de confinamento vividos nos últimos 2 anos tiveram um grande impacto na cultura e em todas as disciplinas artísticas. Na dança este impacto foi muito forte e provocou, por momentos, a paragem de corpos, aulas e espetáculos. Mas será que se parou mesmo de dançar?
A quarta conversa do Ciclo “Conversas com Dança” será um momento de partilha de experiências de dança em tempos de confinamento, de adaptações feitas para que estruturas e bailarinos continuassem a sua atividade, bem como debate sobre as consequências diretas que a pandemia trouxe a esta área artística.
Os convidados para esta conversa são Enrique Matos do Espaço Baião, Pedro Fidalgo Marques que é co-fundador e Presidente da PlataformaDança – Associação Nacional de Dança e Isabel Galriça, solista na Companhia Nacional de Bailado, com a moderação de Marta Guerreiro, coordenadora da Associação PédeXumbo.

16 de Outubro de 2021
15h00 | Casa de Burgos, Évora

Entrada Livre

Oradores

Enrique Matos, Nasceu em Belo Horizonte – Brasil, Professor de Dança, Músico, Pesquisador e Produtor, fundou em 2011, em Portugal, o Espaço Baião – Centro Cultural e Escola de dança onde, desde então, leciona aulas de Forró e organiza eventos ligados à música e à dança bem como vários projetos comunitários no âmbito do desenvolvimento positivo através da dança. Em Lisboa tem também projetos fixos dançantes semanais e mensais como o “Forró da Liberdade”, o “Forró de Quarta” e o “Baião Vintage”. Em 2020 celebrou, ainda que de forma diferente, os 10 anos do seu grande projeto profissional, o maior festival de forró da Europa, o Baião in Lisboa Festival que atrai anualmente a Lisboa quase 2000 pessoas provenientes de todo o Mundo.

Pedro Fidalgo Marques é um empreendedor social e cultural que procura através do seu trabalho e activismo contribuir para um desenvolvimento mais justo, mais equilibrado e mais sustentável. Licenciado em Dança e Pós-Graduado em Ciência Política, encontra-se a frequentar o doutoramento em Dança na Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa. Tem formação específica de professor de danças de salão pela Federação Portuguesa de Dança Desportiva e pela U.K.A – United Kingdom Alliance. Lecciona desde 2006 em diversas escolas, clubes e academias, dando aulas de grupo, workshops, cursos intensivos, aulas particulares e Coreografando musicais, espetáculos e flashmobs. Abriu a Oeiras Dance Academy em Setembro de 2014 sendo o seu director-executivo e técnico/pedagógico. É o director nacional do All Dance Portugal, produtor dos campeonatos nacionais de dança que apuram para o campeonato da europa e para o campeonato do mundo de dança. Co-fundador e Presidente da PlataformaDança – Associação Nacional de Dança, associação representativa do sector da dança congregando profissionais, escolas companhias e estruturas. 

Isabel Galriça demonstrou desde muito cedo o gosto pela dança, tendo iniciado o seu percurso aos 3 anos de idade. Fez o curso de dança da Escola de Dança do Conservatório Nacional, uma formação com Rosella Hightower e o estágio profissional no Ballet Gulbenkian. Solista da Companhia Nacional de Bailado (CNB), onde trabalhou com inúmeros coreógrafos nacionais e internacionais e onde se encontra desde 1994 (desde os 17 anos de idade). Integrou a tournée internacional da Companhia Anne Teresa Keesmaeker. Papeis principais e de solista em ballet clássico, nomeadamente: Romeu e Julieta, Bela Adormecida, Cinderela, O Quebra-Nozes, Coppelia, Dom Quixote, Giselle, O Baile dos Cadetes, Raymonda, entre outros. Trabalhou com diversos coreógrafos nacionais e internacionais, como Anne Teresa Keesmaeker,, Natcho Duato, Marco Cantalupo, Rui Lopes Graça, Paulo Ribeiro, Olga Roriz, Hans Van Manen, William Forsythe, Mauro Bigonzetti, Akram Khan. No estilo de neoclássico e contemporâneo, dançou, In The Middle, Light, Lisbon Peace, Quatro Temperamentos, Apolo, Pedro e Inês, Isolda, Canto Luso, Treze Gestos de Um Corpo, Savaliana, Por Vos Muero, Serenade, Uma Coisa em Forma de Assim, Cantata,itmoi – In The Mind Of Igor, entre outros. Em 2012, começou a estudar Pilates. Em 2013, iniciou colaboração com vários ginásios, dando aulas com o objetivo de melhorar a elasticidade e força do corpo, de forma controlada e tendo em atenção as características individuais de cada aluno. Atualmente dá aulas na New Music School, Escola de Dança Ana Kohler (EDAK), Quórum Academia e Quórum ballet.

 

 

Moderadora

Marta Guerreiro, Licenciada em Animação Sociocultural pela Escola Superior de Educação de Beja (2005), Marta Guerreiro dedicou-se inicialmente à área social, desenvolvendo e dinamizando projectos em contextos sociais desfavorecidos, recorrendo sempre à dança como ferramenta de trabalho. A partir de 2008 dedicou-se à área cultural como produtora e programadora na associação PédeXumbo (Festivais Entrudanças, Tocar de Ouvido, Planície Mediterrânica). Em simultâneo cria e integra projectos artísticos com comunidades locais (idosos e crianças) e tem ainda desenvolvido competências enquanto monitora de danças tradicionais. Desde 2015, coordena a associação e gere projectos, tendo sempre um papel activo na implementação e dinamização das actividades nos diferentes territórios de intervenção. O último projecto criado por Marta centra-se na tradição dos mastros e nas suas práticas expressivas, no concelho de Odemira. Neste projecto, como em outros que tem desenvolvido ao longo do seu percurso profissional, integra-o desde a fase de pensamento/criação à de avaliação. Faz parte do seu perfil envolver-se junto das comunidades locais, onde ainda se praticam as acções, e por tal valorizar as pessoas e as tradições de uma forma muito humana. Esta integração a 100% nos projectos permite-lhe gerir orçamentos e recursos humanos de uma forma complementar para o bom sucesso dos projectos.

Conversas com Dança
ed. 3 || A DANÇA NA COMUNIDADE – comunicação e criação através da dança com diferentes comunidades

A dança poderá ser um bom meio de comunicação e de integração?
Que comunidades dançam? Ou como se levam as comunidades a dançar?
Porquê dançar em diferentes contextos geográficos e com diversas comunidades?

A dança, como outra área artística, tem sido integrada como ferramenta de trabalho em diferentes contextos geográficos, sociais e culturais para chegar a objectivos muito distintos.
O foco da terceira conversa do Ciclo “Conversas com Dança” é o de perceber e debater vários contextos em que se opta pela dança como instrumento de trabalho em comunidades específicas.
Conversa moderada por Ana Silvestre (Psicóloga e professora de danças tradicionais) e a participação de Madalena Vitorino do projeto Lavrar o Mar (coreógrafa), Rui Catalão da Produções Independentes (encenador) e Claudina Correia pela Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal (BYP).

24 de Outubro de 2020
15h00 | S.H.E (Sociedade Harmonia Eborense), Évora

Clica para ler: Transcricao_das Conversas com Dança 2020

Oradores:

Madalena Vitorino

Estudou dança contemporânea, composição coreográfica e pedagogia das artes no The Place / London School of Contemporary Dance, no Laban Centre/Goldsmith’s College, University of London e na Exeter University nos anos 70 e 80 no Reino Unido.
O seu trabalho tem se evidenciado pela criação de projectos que se vocacionam para a aproximação entre discurso e prática artística e a sociedade em geral.
Cria com vários colegas da sua geração nos anos 90 , o Forum Dança. Desenvolve entre 1996 e 2008 no Centro Cultural de Belém, o primeiro espaço em Portugal, de fruição artística internacional para um público jovem.
Entre 2008 e 2018, foi co-programadora com Giacomo Scalisi e Miguel Abreu no Festival TODOS, Caminhada de Culturas, um festival sobre interculturalidade e urbanidade, uma iniciativa da CML e Academia de Produtores Culturais.
Criou a Cooperativa Cultural COSA NOSTRA com Giacomo Scalisi em 2016. Lecciona em múltiplas instituições de Ensino Superior.
Cria em 2016 com Giacomo Scalisi o projecto cultural e rural LAVRAR O MAR, as Artes no Alto da Serra e na Costa Vicentina que continua a aprofundar. Constrói peças coreográficas que têm atravessado o país e vários outros países, como a Australia e a Itália e que envolvem temas fortes da existência, pessoas de idades e com experiências de vida diferentes, em co-criação com intérpretes profissionais.
Tem ganho inúmeros prémios, sendo a sua contribuição artística reconhecida pela sua carga humanística.

Rui Catalão

Dramaturgo, encenador e performer, Rui Catalão vem desenvolvendo desde há uma dezena de anos documentários cénicos, onde cruza crónicas do quotidiano com memória e identidade geracional. Destacam-se os solos autobiográficos “Dentro das palavras”, “Av. dos Bons Amigos”, “Canções i comentários”, “Trabalho Precário” e “Conquista de Ceuta”. Mais recentemente dirigiu um colectivo de jovens de origem e ascendência africana, que interpretam as suas próprias histórias, com narrativas da guerra, da vida no subúrbio e da diáspora africana: “E agora nós”, “Adriano já não mora aqui”, “Medo a caminho” e “A Rapariga Mandjako”. Dirigiu as peças de grupo “Jornalismo Amadorismo, Hipnotismo” e “Último Slow”, assim como “Assembleia”, onde envolve o público num debate sobre temas e histórias da comunidade onde a assembleia é programada. Recriou para o teatro as personagens bíblicas Ester e Judite.  Na Roménia, onde viveu em 2006-2009, dirigiu os espectáculos “Atât de Frageda”, “Follow That Summer” e “Coada Soricelului”. Escreveu os guiões cinematográficos “Capacete Dourado” (real. Jorge Cramez) e “Morrer como um homem” (real. João Pedro Rodrigues), assim como os livros “Ingredientes do Mundo Perfeito” (sobre Tiago Rodrigues) e “Anne Teresa De Keersmaeker em Lisboa”. Foi intérprete de “A cara que mereces” (real. de Miguel Gomes). Licenciado em comunicação social pela UAL, foi crítico de cinema desde a adolescência no Jornal de Sintra e jornalista do Público, onde continua a colaborar. Como dramaturgista, colaborou com João Fiadeiro, Ana Borralho e João Galante, Miguel Pereira, Elmano Sancho, Diana Bastos Niepce, Sofia Dinger, Mihai Mihalcea, Eduard Gabia, Manuel Pelmus, Mihaela Dancs, Brynjar Bandlien, Madalina Dan.

 

Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal (BYP)

A Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal (BYP) é uma associação cultural sem fins lucrativos fundada em 1996 com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. É detentora do estatuto de utilidade pública e é reconhecida pelo Alto Comissariado para as Migrações (ACM) como Associação Representativa dos Imigrantes e seus Descendentes.
Tem como alvo primordial os jovens e crianças interessados na cultura africana, provenientes de meios económicos mais ou menos desfavoráveis. A filosofia da associação baseia-se na convicção de que, independentemente das condições económicas e sociais de cada pessoa, o (re)conhecimento e valorização das suas raízes culturais é um fator essencial para a consolidação da sua autoestima e sentimento de pertença.
Desenvolvendo um trabalho de referência no campo da educação não formal, particularmente no domínio da inclusão através da arte e de iniciativas de organização comunitária e promoção da cidadania, a associação contribui para que estas crianças e jovens se tornem líderes confiantes e responsáveis no futuro e se posicionem do ponto de vista sociocultural na sociedade onde vivem, contribuindo para um país mais intercultural, cosmopolita e tolerante.
Desde 1996, a Batoto Yetu, que significa “as nossas crianças” em Suaíli, ajudou a incluir pelas artes cerca de 1400 bailarinos e músicos, realizando mais de 450 atuações em palcos nacionais e internacionais (Angola, Cabo Verde, Espanha, Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Senegal), a par de atuações em programas televisivos.
Atualmente conta com 907 sócios, sendo a grande maioria crianças, jovens e seus familiares que acedem e frequentam o espaço da Associação no âmbito das várias atividades.

Claudina Correia

Claudina Correia. Bailarina desde 1996. Formação em Dança na Escola Superior de Dança em 2004 e coreografa desde o mesmo ano. Formação em dança Africana desde 1996, tem participado em treinamentos realizados em Portugal e no estrangeiro (Estados Unidos, Angola, Londres, Senegal). Participação em formações específicas em dança Afrocontemporânea, dança tradicional de Burkina Faso, Guiné Conacry, Cabo verde, Angola e Senegal. Bailarina e uma das responsáveis pela parte artística na Batoto Yetu Portugal desde 2001. Professora de dança de crianças e jovens no contexto da inclusão social em diversas organizações, desde 2002. Apesar de forte foco na educação de jovens também já deu aulas de dança para adultos a nível particular. Suas coreografias são baseadas em danças tradicionais de países da costa Oeste africana, com movimentos que representam algumas das atividades diárias de seu povo, especialmente simbolizando a força e a beleza da mulher africana.

Moderadora

Ana Silvestre


Psicóloga e Professora de Danças do Mundo com vasta experiência no trabalho de movimento com diferentes faixas etárias. Ao longo do seu percurso tem integrado projectos sempre ligados às expressões artísticas, desde o pré-escolar, ensino básico (trabalho pedagógico com comunidades vulneráveis), até à idade adulta. Como Psicóloga trabalhou nos últimos dois anos na área da Intervenção em Crise, com crianças e jovens em contexto de Violência Doméstica em Casa Abrigo. É Técnica de Apoio à Vítima, tem formação em Igualdade de Género, e é Colaboradora Assistente na Universidade de Évora com a disciplina de Psicologia e Corporeidade. Co-criadora em projetos como o Baile das Histórias (uma co-produção Casa das Histórias Paula Rego e PédeXumbo); Bail`A Rir, Era Uma tela em Branco e Mandadora de baile no grupo Folk Aqui Há Baile. Integra o elenco da ACCCA (Companhia Clara Andermatt) no espectáculo Fica no Singelo como
Formadora e Mandadora de Danças Tradicionais Portuguesas. Desenvolveu Projecto Inclusão em Movimento, com pessoas portadoras de deficiência desenvolvido pela C.M.E. Colabora com a Associação Pédexumbo desde 2006, como monitora de Danças Tradicionais do Mundo, como dinamizadora de oficinas e formação de formadores na área das Danças Tradicionais. Desenvolveu trabalho como Artista MUSE-pe (projecto da Fundação Menuhin e Projecto Escolhas), com a actividade artística Dança e Movimento com grupos do pré-escolar e ensino básico.

Conversas com Dança
ed. 2 || Do Terreiro ao Palco – A relação da dança com o território e a criação

Ainda se dança de forma espontânea?
Como dançam os corpos de hoje as danças tradicionais?
Qual o processo de desconstrução da dança tradicional na criação contemporânea?

Com foco nas Valsas Mandadas convidamos todos a uma conversa sobre a sua prática tradicional, o processo de investigação, a criação artística e a interpretação.

Uma conversa moderada por Sophie Coquelin (etnomusicóloga) e a participação de Clara Andermatt (coreografa), Joana Lopes (bailarina) e Manuel Araújo (mandador de Valsas Mandadas)

Este é o segundo encontro de conversas inseridas no ciclo – “Conversas com Dança” – de intervenções e debates que contará com quatro edições ao longo dos próximos quatro anos. 

19 de Outubro de 2019
Circulo Eborense, Évora

ConversasComDanca_2019_Transcrição

Oradores:

Clara Andermatt

Nasceu em Lisboa em 1963. Considerada uma das pioneiras do movimento da nova dança portuguesa, a carreira de Clara Andermatt revelou, ao longo dos anos, uma identidade artística particularmente singular no panorama artístico nacional e internacional, e um percurso que, indubitavelmente, deixou a sua marca na história da dança contemporânea portuguesa. Estudou dança com a sua mãe, Luna Andermatt, e graduou-se pelo London Studio Centre e pela Royal Academy of Dance, em Londres. Foi bolseira do Jacob’s Pillow (Massachussets, 1988), do American Dance Festival (Durham, 1994) e do Bates Dance Festival (Maine, 2002). Integrou entre 1984-88 a Companhia de Dança de Lisboa (dirigida por Rui Horta), e entre 1989-91 a Companhia Metros, em Barcelona (companhia de autor de Ramón Oller). Com a sua Companhia, formada em 1991, cria e produz numerosas obras, distinguidas com prémios e regularmente apresentadas em Portugal e no estrangeiro. Em 1994 inicia uma forte relação com Cabo Verde, com a criação de vários projetos com intérpretes locais, ações de formação e colaborações com artistas de diferentes áreas, que culminaram numa série de residências, projetos e espetáculos. O seu percurso é marcado pela viagem, pelo encontro com outras culturas e outras linguagens artísticas, especialmente nas zonas de fronteira entre formatos e estilos, entre o corpo treinado e não treinado e o desejo de aproximação do outro, procurando sentir e perceber a singularidade de cada indivíduo.

Joana Lopes 


Bailarina e professora de dança, iniciou a sua formação artística na Academia de música Vilar
de Paraíso; em 2011 concluiu a Licenciatura em Dança pela ESD e em 2015 realizou o FAICC na Companhia Instável. Como intérprete trabalhou com Paulo Ribeiro, ​ Memórias de Pedra – Tempo Caído; ​ Luiz Antunes, Todos Alguém Qualquer Um Ninguém; Ana Renata Polónia, Yeborath ​ ; Ruben Marks, ​ Habeas Corpus e Clara Andermatt, ​ Fica no Singelo ​ ; co-criou ​ Corpos Museu com André Arújo e Clara Alvim e Agente com Oirana Moraes. Tem participado em diversos workshops de dança contemporânea, dança tradicional, butoh e clown, dos quais destaca o Passing Through Only Intensive na Sicilia com David Zambrano, Gaga Movement com Yaniv Avraham, Butoh com Yuko Kominami. Colabora com a Escola do Cardo Amarelo, onde leciona aulas de dança tradicional portuguesa.

Manuel Araújo

Habilitações académicas: Licenciatura em Educação Física e Desportos.

Iniciou a sua actividade profissional no ano lectivo de 1972/73 no Liceu Nacional Setúbal.

Nesse tempo, a Educação Física não se regia por currículos vindos do Ministério da Educação, mas por propostas apresentadas pelos delegados de grupo, aos então reitores dos respectivos liceus. Depois do 25 de Abril foi possível alguma autonomia, até que mais tarde, a Educação física passou a dispor também de currículos próprios, nos quais estava previsto  o ensino da Dança.

Mas foi após a introdução do Desporto Escolar, que foi possível aprofundar um pouco mais o ensino da Dança nas escola, através dos então Grupos-Equipa, sendo os mesmos mais baseados nos desportos colectivos devido à possibilidade de organizar quadros competitivos.

Mais tarde começaram a surgir alguns Grupos-Equipa de Folclore e foi aí que começou a sua experiência nesta área. Naturalmente, as danças que se ministravam nos Grupos atrás referidos, representavam as várias regiões do País.

Não conseguiu experimentar a introdução das Valsas Mandadas, pois apenas após se aposentar, conseguiu tempo disponível para as aprender.

Foi nessa ocasião de aprendizagem das Valsas Mandadas, que aconteceu o seu contacto com a Associação Pédexumbo, facto este que possibilitou a oportunidade de, apesar de já estar aposentado, partilhar a sua experiência, através das oficinas de Valsas Mandadas, nas edições do Andanças, a partir do ano de 2007.

Moderadora:

Sophie Coquellin

Licenciada em etnomusicologia e Mestre em “Ethnologie des arts vivants”, Sophie Coquelin investiga os processos de revitalização da dança de raiz tradicional em Portugal. Graças a uma bolsa de doutoramento obtida pela Reitoria da Universidade de Lisboa, iniciou em 2017 um doutoramento em Motricidade Humana, especialidade de Dança, na Faculdade de Motricidade Humana. Pretende aprofundar o entrosamento entre a antropologia e a arte, abordando a questão da multimodalidade na “dança mandada”.

Na interface entre o mundo académico e a sociedade civil, a sua experiência profissional decorreu na Associação PédeXumbo enquanto produtora cultural (2006-2013) e no centro de investigação INET-md polo FMH-ULisboa, com uma bolsa de investigação (2014-2017). Colaborou no projeto Terpsicore – base de dados de dança e artes performativas em Portugal, coordenada pelo Prof. Daniel Tércio.

Conversas com Dança
ed. 1 || Dança. Interioridade/Cidade

Será que o tradicional está apenas associado a vivências rurais?
Uma abordagem contemporânea da dança reflecte uma visão mais urbana?
O que é a dança tradicional dançada nos dias de hoje em contextos urbanos?

Subordinada ao tema “Dança: Interioridade/Cidade”, esta é a primeira conversa
de um ciclo denominado “Conversas com Dança”: um ciclo de intervenções e de-
bates que contará com cerca de quatro edições ao longo dos próximos quatro
anos, e que visa proporcionar encontros entre pessoas com percursos diferentes
em Dança.

Neste primeiro encontro convidam-se os oradores e os participantes a refletirem
sobre a Dança em contextos geográficos diferentes, apostando no diálogo entre o
tradicional e o contemporâneo.

Uma conversa moderada por Daniel Tércio (professor, investigador, autor) e a participação de Claudia Galhós (escritora e jornalista), Mercedes Prieto (professora, investigadora, bailarina) e Rui Horta (coreógrafo)

TRANSCRIÇÃO DA CONVERSA

Oradores:

Claudia Galhós

Nasceu em Lisboa, em 1972. Escreve sobre artes performativas em geral e dança em particular para jornais desde 1994 e, desde 2005, para o semanário Expresso. Foi editora do magazine de cultura “AGORA” e “Palcos Agora” (2012/2015 na RTP2). É autora de livros de ficção e sobre dança/artes performativas, como “15 anos – O Espaço do Tempo” (2016, centro de residências artísticas de Montemor-o-Novo, de Rui Horta), “Pina Bausch – Sentir Mais” (2010, Don Quixote), “Corpo de Cordas – 10 anos de Companhia Paulo Ribeiro” (2006, Assírio & Alvim). Foi editora do livro “There is nothing beyond our imagination” (2015, publicação da rede europeia “Imagine 2020 – Art and Climate Change”, de 10 teatros europeus, liderada pelo Kaaitheater, Bruxelas). Foi editora do suplemento semanal «Artes de Palco», do programa «Magazine», da 2: da RTP (de 2004 a 2006) e consultora da coleção de livros «Dança e Pensamento» editada a partir de 2009 em Espanha, traduzida pera galego, castelhano e catalão, coordenada pelo Mercat de les Flors (Barcelona), o Centro Coreográfico Galego (Galiza) e a Universidade de Alcalá (Madrid). No âmbito desta, publicou em 2009 o ensaio «Unidades de sensação» na colectânea «Arquitecturas do olhar».

Mercedes Prieto

O seu gosto pela dança nasceu na sua infância nos bailes e festas da Galiza. Iniciou-se na dança tradicional no grupo folclórico da sua aldeia e continuou a sua formação com diferentes professores em festivais e cursos em diferentes países. No ano 2005 concluiu a licenciatura em Dança pela Faculdade de Motricidade Humana em Lisboa, facto essencial para a sua atividade profissional.

É fundadora da “Associação PédeXumbo” asociação para a defensa e divulgación da música e dança tradicional com a qual continua a colaborar como professora e animadora de bailes.

Rui Horta

Nascido em Lisboa, Rui Horta começou a dançar aos 17 anos nos cursos de bailado do Ballet Gulbenkian, tendo posteriormente vivido vários anos em New York, cidade onde completou a sua formação e desenvolveu o seu percurso de intérprete e professor. Em 84 regressa a Lisboa onde continua a sua actividade pedagógica e artística, sendo um dos mais importantes impulsionadores de uma nova geração de bailarinos e coreógrafos portugueses. Durante os anos 90 viveu na Alemanha onde dirigiu o Soap Dance Theatre Frankfurt, sendo o seu trabalho considerado uma referência da dança europeia e apresentado nos mais importantes teatros e festivais em todo o Mundo, tais como o Thêatre de la Ville em Paris que apresentou e co-produziu as suas obras ao longo de uma década. Em 2000 regressou a Portugal, tendo fundado em Montemor-o-Novo o Espaço do Tempo, um centro multidisciplinar de experimentação artística. Para além do  seu intenso trabalho de criador independente, Rui Horta criou, como artista convidado, um vasto repertório para companhias de renome tais como o Cullberg Ballet, o Ballet Gulbenkian, o Grand Ballet de l’Opera de Genéve, a Ópera de Marselha, o Netherlands Dance Theatre, a Ópera de Gotemburgo, Random Dance, etc. Ao longo da sua carreira recebeu importantes prémios e distinções tais como o Grand Prix de Bagnolet, o Deutsche Produzent Preiz, o Prémio Acarte, O Prémio Almada, o grau de Oficial da Ordem do Infante, o grau de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Letres, pelo Ministério da Cultura Francês. A sua criação coreográfica foi, recentemente, classificada como Herança da Dança Alemã. Nas artes performativas o seu trabalho de encenador estende-se o teatro, à ópera e à música experimental, sendo igualmente desenhador de luzes e investigador multimédia, universo que utiliza frequentemente nas suas obras.Nos últimos anos tem voltado a criar regularmente na Alemanha ( Mainz, Darmstadt, Stutgart). Actualmente está em digressão com um solo para si próprio, Vespa, após 30 anos de ausência dos palcos.

Moderador:

Daniel Tércio

Daniel Tércio é Professor Associado na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, onde leciona, ao nível da licenciatura e do mestrado, cursos de História da Dança, Estética, Movimento e expressão plástica, e novas tecnologias aplicadas à dança. Possui bacharelato em Filosofia (UL), licenciatura em Artes Plásticas (ESBAL), a componente curricular do mestrado em História da Arte (UNL) e Doutoramento em Dança (FMH). Actualmente Integra a direção do INET-MD e coordena o grupo de investigação sobre estudos da dança. Coordena também a especialidade de dança no programa doutoral em motricidade humana. É investigador responsável por projectos financiados através da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Para além de numerosos artigos publicados em Portugal e no estrangeiro, é autor de obras de ficção e tem participado em projectos performativos e de formação artística, numa perspectiva transdisciplinar. Enquanto crítico de dança, tem colaborado regularmente com a imprensa desde 2004.

Um projeto PédeXumbo | Estrutura Fianciada por Dgartes, República Portuguesa – Cultura | Apoio Câmara Municipal de Évora | Parceria DianaFm | Imagem Leonor Carpinteiro | Fotografia Fu Qiang | Som Fernando Mendes

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