Clara Marchana e Luís Fernandes, da Madrasta Dance, já estão em residência artística no Espaço Celeiros, para a criação de Seara, a nova criação para dançar da PédeXumbo.
Seara é a proposta para dançar de Clara Marchana e Luís Fernandes e foi a vencedora da Bolsa «Criações para Dançar 2022», promovida pela PédeXumbo.
A Bolsa para a residência «Criações Para Dançar» nasce de uma vontade da PédeXumbo em desenvolver novos projetos performativos, nas áreas da dança e/ou música, com o especial interesse para o conhecimento, valorização e devolução de estilos coreográficos tradicionais e, ao mesmo tempo, como incentivo a uma visão criativa e a uma atitude reflexiva sobre os mesmos nos corpos de hoje. Através desta candidatura a PédeXumbo pretende promover a cultura coreográfica e musical tradicional pela criação de espetáculos, bailes e/ou performances, oferecendo a novos criadores, bailarinos e músicos a possibilidade de terem um espaço de residência. De 26 de abril a 26 de maio, artistas das áreas da dança e/ou música tiveram a oportunidade candidatar as suas novas criações a esta bolsa de criação.
Clara Marchana, bailarina, performer e coreógrafa, e Luís Fernandes, realizador, músico, artista sonoro e arte-terapeuta, estão agora numa residência artística de 10 dias, no Espaço Celeiros, para o desenvolvimento deste espetáculo que tem estreia marcada para o primeiro dia do Festival Desdobra-te.
A partir de deze,bro, “Seara” integra o Catálogo de Criações PédeXumbo em Viagem, proporcionando assim a difusão e promoção do trabalho de uma maior bolsa de artistas.
LUIS FERNANDES é um artista lusófono, de origem francesa, realizador, músico, artista sonoro e arte-terapeuta. Licenciado em Psicologia, com especialização em Arte-Terapia e master em Cinema Documental de Autor. Já foi nomeado como melhor realizador português na categoria de video dança pelo Festival Inshadow(2013), recebeu algumas menções honrosas, esteve em selecção oficial no Jecheon-Festival Internacional de Música & Filme na Coreia do Sul, recebeu o prémio de 2o melhor documentário Europeu pelo Festival Musiclip de Barcelona (2013), prémio de melhor edição/montagem no FigueiraArt Fim Fest (2016) e no geral, os seus filmes já correram os quatro cantos do mundo em mostras oficiais e festivais de cinema documental e video arte. Artista sonoro, improvisador, experimentalista e compositor em tempo real, já colaborou com diversos músicos e projectos, dos quais se realça; Lupanar, Bicho de 7 Cabeças, Cantos do Mar, Lisbon SoundPainting Orchestra, Odedomindinho, Velha Gaiteira, Uxucalhos (Baile Tradicional Europeu e Português) , o proj. Mistério da Vozes Vulgares, o Colectivo Improvável e o projecto de música Qawwali e Hindú do músico KM Mosatafa Anwar(Bangladesh). É músico activo na cena de música improvisada nacional, fundador do Orquestra de Música Visual – CACO, do projecto AU.RA (sound art project) e integra a Orquestra de Foles da Associação Nacional de Gaita de Foles. Colabora activamente em projectos Interdisciplinares, em especial com a dança contemporânea, destacando a Companhia de Dança Amalgama, o projecto “Compota (jam)” performance multidisciplinar interactiva da coreógrafa Paula Pinto, a peça “Ruído Branco” de Clara Marchana, o projecto a solo de Maria Fonseca, intitulado “DEN.TRO”, com produção da Associação Cultural Útero, a peça “PRETA” do actor e bailarino Giovanni Lourenço, o projecto de storyteller de Margarida Botelho “POKA POKANI” e em sessões de contacto improvisação, destacando a intervenção no Asturias Contact Festival(2015) com o workshop-performance de improvisação em tempo real, em parceria com a balarina Irene Alvarez, intitulado “NADA”. Faz parte de direcção da Cooperativa Glocalmusic, onde se encontra de momento a realizar um filme documentário sobre Arte e Inclusão social e a desenvolver projecto inclusivos através das artes e está em fase de produção da sue novo filme documentário de autor sobre o universo da experimentção musical da sociedade portuguesa.
CLARA MARCHANA nasceu em Lisboa. É Licenciada em Dança pela Escola Superior de Dança de Lisboa e em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Concluiu o Curso Profissional de Artes Circenses na Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo, Chapitô. Desde 2019 frequenta o Mestrado em Artes da Coreografia na Codarts University of Arts Rotterdam e a Fontys School of Fine Arts Tilburg. Como intérprete, tem trabalhado com diversos coreógrafos e encenadores, entre os quais se destacam Philippe Genty, Pedro Ramos, Amélia Bentes, Paula Pinto, Alexandra Battaglia, Madalena Vitorino, Miguel Moreira, Ko Murobushi, Christine Chu, Yuko Kawamoto, Claudio Hochman, Nuno Carinhas, Rogério de Carvalho, João Perry, Rui Mendes, José Wallenstein, Paulo Campos dos Reis e Mário Trigo. Como coreógrafa, criou o solo “Lost and Found” para o bailarino Tiago Correia, no âmbito do Concurso de Melhor Intérprete lançado pelo IPL, ganhando este o prémio de Menção Honrosa; o solo “Narrativa Interior”, estreado na Quinta da Regaleira, em Sintra, “Swan Lake” versão a solo, a partir da obra do coreógrafo Mats Ek,apresentado no Palácio de Monserrate, “Magner” apresentado no M.A.R. em Sines, “Ruído Branco” estreado no Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra. É fundadora e diretora artística da companhia Madrasta Dance e actualmente é Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (Bolsas Gulbenkian em Artes Visuais e Performativas).