Este ano, a PédeXumbo promove o 1º Ciclo de Formação da Bolsa de Instrumentos PX, de 9 a 13 de novembro, das 18h30 às 20h30, com diversas formações online, para todos os bolseiros da Bolsa de Instrumentos PX e outros interessados em explorar os seus instrumentos.
Este ano, a PédeXumbo promove o 1º Ciclo de Formação da Bolsa de Instrumentos PX, de 9 a 12 de novembro, das 18h30 às 20h30, com diversas formações online, para todos os bolseiros da Bolsa de Instrumentos PX e outros interessados em explorar os seus instrumentos.
O que é o Ciclo de Formação da Bolsa de Instrumentos PX?
Ao longo dos últimos anos, a PédeXumbo tem vindo a constatar a necessidade, relatada pelos bolseiros da Bolsa de Instrumentos PX, em encontrar formação especializada nas suas áreas de residência, para a aprendizagem dos instrumentos que lhes são atribuídos durante 9 meses. Então este Ciclo de Formação propõe-se a estreitar o diálogo entre os bolseiros e músicos na área dos cordofones e aerofones.
Estas formações promovem momentos de aprendizagem onde todos poderão colocar e partilhar as suas dúvidas; iniciar o processo de aprendizagem dos instrumentos, em suas casas, com mais ferramentas; adquirir algum repertório, em suma, conhecer melhor o instrumento que os acompanhará durante 9 meses.
Quais são as modalidades das formações?
Um dos grandes desafios e também objetivos desta iniciativa será contemplar e abordar o maior número de instrumentos tradicionais da Bolsa de Instrumento PX (Acordeão, Concertina, Flauta de Tamborileiro, Gaita-de-Fole Transmontana, Gaita-de-Fole Galega, Viola Braguesa, Viola da Terra, Bandolim, Cavaquinho, Rabeca Chuleira, Rabeca Brasileira e Viola Campaniça).
Para este 1º Ciclo de Formação, teremos as seguintes modalidades:
9 de Novembro | Gaitas-de-fole com Napoleão Ribeiro
10 de Novembro | Viola Campaniça com Tó Zé Bexiga
11 de Novembro | Concertina com Vicente Camelo
12 de Novembro | Rabeca Chuleira com Emiliana Silva
Quem pode participar?
Esta formação destina-se a todos os bolseiros da Bolsa de Instrumentos PX 2020/2021 e ainda a todos os interessados na iniciação e também na exploração dos diferentes instrumentos tradicionais em questão.
Como se pode participar?
Para participar os interessados deverão preencher este formulário, onde selecionam a(s) modalidade(s) à(s) qual querem assistir. Após preenchimento do formulário deverão receber os dados para pagamento. Será, por fim, enviado um link aos participantes de acesso à sessão, que se realizará online, a partir da plataforma Zoom.
Qual o valor da Inscrição?
O valor da inscrição são 20€ por pessoa, por modalidade.
Instrumento(os): Gaita-de-fole transmontana/Gaita-de-fole galega
Formador: Napoleão Ribeiro
Biografia:
É tocador de gaita-de-fole. Em 2003 foi membro fundador Escola de Gaitas-de-fole da Ponte Velha da Associação Cultural Tirsense e aí lecionou o instrumento entre 2010 e 2016. Desenvolve a sua atividade musical nos projetos Gaiteiros da Ponte Velha, Chulada da Ponte Velha e Pantomina, todos nascidos no seio da mesma coletividade. Nesta associação tem desenvolvido várias ações relacionadas com a prática da gaita-de-fole, das quais se destaca a organização das treze edições do Festival Palheta Bendita, do qual é programador.
Desde 2006 que, em colaboração com outras associações, para atividades relacionadas com a música tradicional, tem realizado palestras e exposições sobre dois temas: os zés pereiras e a iconografia da gaita-de-fole em Portugal. São disso exemplo as colaborações em vários encontros de gaiteiros, nos festivais Tocar de Ouvido, Andanças e L Burro e L Gueiteiro, entre outros. Integra ainda a organização do Encontro de Tocadores – Entre Margens, coorganizado pela Pédexumbo e pela Câmara Municipal de Caminha, enquanto programador.
Como antropólogo e músico tem colaborado em diversas publicações, livros, exposições e CD’s, relacionados com o património imaterial e a música. Foi coordenador editorial e autor do Cancioneiro de Gaita de Foles publicado pela Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-foles.
Descrição da Atividade:
cuidados a ter com a gaita-de-fole;
manuseamento básico de todos os componentes;
manutenção;
regras básicas de afinação;
bibliografia e Cd’s sobre o instrumento.
Plataforma: Zoom
Duração: 2h
Valor: 20€
Dia/Hora: Segunda-feira (9 novembro) – 18h30 às 20h30
Instrumento(os): Viola Campaniça
Formador: Tó Zé Bexiga
Biografia:
António Bexiga [Tó-Zé Bexiga]
Évora 1976. Estudou piano e guitarra clássica, mais tarde guitarra jazz. Passou por vários projetos de rock, música experimental, fusão e música improvisada. Há vários anos que se dedica à exploração de repertórios tradicionais e ao seu cruzamento com novas composições, num instrumento em particular:a viola campaniça, que tem colocado em diferentes contextos, desde a música popular ao rock ou à música experimental e paisagem sonora. Participou e dirigiu vários projetos interdisciplinares e comunitários, nacionais e internacionais, procurando sempre espaços de interseção entre várias disciplinas artísticas e outras atividades, de que são exemplos cruzamentos entre música e cozinha, barbearia ou carpintaria, entre outros. Tem trabalhos em cinema, teatro, dança contemporânea e teatro de marionetas. É co-fundador e membro da direção artística da Boa Companhia, integrando quase todos os espetáculos como músico e ator. Faz oficinas regulares de guitarra, viola campaniça, exploração sonora e criatividade musical em contextos formais e informais. Foi membro ativo de projetos como Uxu Kalhus e No Mazurka Band; fundador de Há lobos sem ser na serra, Bicho do Mato, Bonecos & Campaniça, entre outros. Recentemente, gravou com Kepa Junkera para a Ath Thurda, Celina da Piedade, António Caixeiro e Cantadores de Paris. Fundou recentemente os projetos Duas violas, com a violinista Ana Santos e RAIA: Planeta Campaniça, com estreia no festival Soam as Guitarras
Descrição da Atividade:
Breve resenha histórica do instrumento.
Repertórios tradicionais, originais e experimentais
Panorama actual
Percurso pessoal e relação com o instrumento
Plataforma: Zoom
Duração: 2h
Valor: 20€
Dia/Hora: Terça-feira (10 novembro) 18h30 às 20h30
Instrumento(os): Concertina/Acordeão Diatónico
Formador: Vicente Camelo
Biografia:
Musicoterapeuta, músico e compositor. Depois de um início dedicado À percussão afro-cubana e flamenco descobre a concertina e abraça-a de forma imediata. É sobretudo um autodidata com mais de 10 anos de dedicação e várias formações com Milleret e Pignol, Simone Botasso, Artur Fernandes, entre outros.
Dedica-se ao acordeão diatónico onde procura explorar novas sonoridades e influências para a música tradicional de baile. Fundador, co-fundador e integrante em vários projetos de folk como “A Batalha do Modesto Camelo Amarelo”, “Fulano, Beltrano & Sicrano”, “Bail’a Rir”, “Projeto Bailias”, “Duo Delicatessen” e “Ball’al Kor”. Também tem repertório dedicado famílias e infância com o projeto “Embailando”.
Descrição da Atividade:
Com estas oficinas pretende-se dar uma base inicial sobre o funcionamento, técnica e os passos básicos para a aprendizagem de repertório em acordeão diatónico. É uma oficina de iniciação para que cada aluno/a possa desenvolver autonomia na aprendizagem e localizar as notas e entender o mecanismo do acordeão
Plataforma: Zoom
Duração: 2h
Valor: 20€
Dia/Hora: Quarta-feira (11 novembro) – 18h30 às 20h30
Instrumento(os): Rabeca Chuleira
Formador: Emiliana Silva
Biografia:
Emiliana Silva tem formação clássica em violino, tendo feito os seus estudos no Conservatório de Música de Aveiro, Escola Profissional de Música de Espinho e Universidade de Aveiro. Desde jovem integrou o grupo de música popular A Par D’Ilhós, bem como diversas rusgas e tocatas dos teatros populares do concelho de Estarreja e Murtosa, começando o seu interesse por instrumentos e sons de raíz tradicional. Mais tarde cresce também a curiosidade pelos reportórios tradicionais da europa, nomeadamente a música irlandesa e as sonoridades dos bailes folk.
Apresenta-se em concerto com a “Quadrilha” de Sebastião Antunes e com os grupos “Espiral trio” (dedicado às sonoridades celtas), “Aire” e “Bailomondo” (grupos dedicados à recolha e ensino de danças tradicionais portuguesas).
Colaborou com projectos e músicos dos mais diversos géneros musicais, desde orquestra a ensembles de música antiga, passando pelo folk e indie, como Companhia de Mente, Concentus Allavarium, D’Orfeu, Orfeon Académico de Coimbra, Celina da Piedade, Sara Vidal, Emmy Curl, Cherry e Joana Alegre.
Em 2011 concluiu na Universidade de Aveiro a dissertação “Rabeca Chuleira, etnografias, contextos e tocadores”. Paralelamente ao violino, dedica-se ao estudo deste instrumento tradicional português, apresentando palestras, workshops e colaborações pontuais a tocar. Recebeu uma Rabeca Chuleira da Associação “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”, apresentou-se no programa “O povo que ainda canta” da Antena1 e foi convidada no disco da “Chulada da Ponte Velha”.
Descrição da Atividade:
A Rabeca Chuleira é um cordofone popular português, estudado por comparação com o violino, devido às semelhanças físicas, mas com o braço curto, de afinação muito aguda e sonoridade agreste. Aparece associado à chula e às regiões do Minho e Douro.
Quando decidi estudar este instrumento, deparei-me com a falta de literatura sobre ele, um instrumento quase em extinção, que não foi inserido no contexto da folclorização nem em contextos actuais, mas acima de tudo com o facto de já só existir um tocador vivo. A dissertação é baseada então na vida desse tocador, António Alves, que serve de guia para todas as questões que era urgente responder sobre a Rabeca Chuleira, desde o próprio instrumento (morfologia, afinação e construção), passando pelos tocadores e o seu processo de ensino e aprendizagem, até aos contextos e reportórios. Todo este processo de aprendizagem não se esgotou numa dissertação, vivendo da generosidade e partilha constante de conhecimento entre todos aqueles que vivenciaram histórias deste instrumento, permitindo que cada vez mais se encontrem memórias e se cruzem conhecimentos diferentes, que me permitam saber mais. Felizmente nos últimos anos voltaram a ser construídas rabecas, e ela voltou a ser tocada, trazendo reportórios antigos aos dia de hoje, certamente com novas influências, permitindo que o instrumento renasça e seja de novo ouvido.
Nesta oficina convido-vos a conhecer e este instrumento, revisitando o seu reportório de chulas. Esta pretende ser uma partilha da minha relação e descoberta deste instrumento, onde nem sempre me foi possível obter respostas exactas, mas que foi sempre povoada por histórias apaixonantes dos tocadores de rabeca e das chulas, juntamente com o meu percurso pessoal enquanto violinista (e agora rabequista) no processo de aprendizagem sobre este instrumento e a nossa música tradicional.
Plataforma: Zoom
Duração: 2h
Valor: 20€
Dia/Hora: Quinta-feira (12 novembro) – 18h30 às 20h30