Em 2026, “Dança com Voz” com Rui Pinho Aires
Em 2026, o artista convidado para a 4ª edição do projeto Pessoas Cheias de Território é Rui Pinhos Aires (músico, percussionista, vocalista, compositor, produtor musical e sound designer) com experiência em projetos artísticos e educativos muitos intrinsecamente ligados à criação de orquestras de percussão, em espaços culturais e em contexto escolar também. Integra vários projetos musicais na área do folk/música tradicional e vem neste contexto desenhar e desenvolver um projeto artístico que explore o tema “Dançar com Voz”, em três concelhos, que apesar de fazerem parte do grande território Alentejo, são múltiplos e diferentes.
Partindo desta premissa, Rui Pinho Aires apresenta uma proposta de trabalho com base na criação de uma grande orquestra de percussão que sairá à rua, em formato de arruada, para o fecho do projeto junto de cada comunidade.
Em cada comunidade, vai juntar-se ainda um/a artista na área dos figurinos/cenografia, que será desafiado/a a criar elementos cénicos, pequenos adereços ou até mesmo figurinos para esta orquestra. No concelho de Castro Verde, é Márcio Pereira (cenógrafo) quem se junta a Rui Pinho Aires para darem vida à arruada musical que terá lugar no Festival Entrudanças (Entradas, Castro Verde).
Nesta edição, juntam-se mais vozes ao projeto, pelo que alargamos o desafio a três grupos nusicais locais.
Rui Pinho Aires
(Aveiro, 1979) é músico, percussionista, vocalista, compositor, produtor musical e sound designer. Viveu em Aveiro, Porto, Lisboa e Madrid, fixando-se em Almada desde 2015. Iniciou o percurso musical aos 7 anos, estudando órgão e guitarra clássica em Aveiro, e mais tarde dedicou-se à percussão, área em que se formou entre 2010 e 2014, por um lado, percussão clássica na escola Maestro Barbieri (Madrid), com António Picó e, por outro, percussão tradicional com o músico e etnomusicólogo Eliseo Parra. Paralelamente, estudou tecnologias aplicadas à música e produção musical na Escuela Creativa de Madrid (2007–2010), com Emílio Garzón.
Desde 1997 participa em diversos projectos musicais, explorando géneros que vão do punk à electrónica e à música tradicional ibérica. Entre os grupos mais relevantes contam-se Charanga, (Prémio Megafone 2014), Francisco Gedeão, TEM.PÔ, Retimbrar, Andarilho 2.0, entre outros. Com eles actuou em Portugal, Espanha, França e Reino Unido. Soma até hoje participação em 16 álbuns, enquanto intérprete (voz, percussão e electrónica), compositor e produtor.
Enquanto sound designer, iniciou actividade em 2005 e aprofundou formação em “Som para Cinema” na CES – Escuela Superior de Imagen y Sonido (Madrid, 2007). Destacam-se a música e sonoplastia para A Grande Rovolução dos Insectos (2021), a série de animação Mr. Trance (2012–2019), e o documentário [NO-RES] (2011), vencedor do prémio de Melhor Documentário Nacional no Documenta Madrid 2012. Trabalhou ainda em Hombre con Nube (2010–2011), Vostell Happening (2010) e MINDBANG (2009).
Como formador, desenvolve oficinas de artes digitais aplicadas ao som e música, e lecciona percussão tradicional na Escola de Artes do Torrense (Seixal), Associação Gaita de Foles (Lisboa) e na Associação Mundo do Espectáculo (Almada), onde também integra o programa Férias Artísticas.
Mais informação em: www.goobiomusic.net.
Márcio Pereira
Santo André, 1986) é licenciado em Teatro pela Universidade de Évora.
Frequentou o mestrado em Arte do Actor na mesma Universidade em 2010, ano em que
colaborou com a mesma instituição como Monitor das cadeiras Corpo e Movimento Cénico e Treino Corporal do Actor da licenciatura em Teatro.
Simultaneamente investe na sua formação em dança e performance, passando pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora e também por cursos de formação orientados por Amélia Bentes, Ana Borralho e João Galante, António Tavares, António Pedro Lopes, Cie Phillipe Genty (Eric de Sarria e Nancy Rusek), Clara Andermatt, Completely Naked (Pau Ros e Pablo Goikoetxea), La Pocha Nostra (Guilhermo Gomez Peña e Roberto Sinfuentes), Margarida Bettencourt, Margarida Mestre, Nélia Pinheiro, Peter Michael Dietz, Pia Kraemer, Phillip Zarrilli e Kate O’Reilly, Luís Marrafa, Sofia Neuparth, entre outros.
No seu percurso como criador destaca os trabalhos próprios (ou em pareceria): Projecto Mãe (2008); Happy Family (2009); Absolutamente Falso (2009/2010); E se as paredes fossem de carne? (2010); Enxoval Cor-de-rosa para a menina que não nasceu (2010); Post-it (Whatever it means) (2011); Esta Não é a Terra Prometida (2012); Amassa-se com pouca água e sal q.b. (2013); Little Garden (2014), XXV (2014); Pó de vir a ser (2016); Corpo Nú desenho (2016); Um Homem às Direitas (2017); Se eu fosse bater à tua porta (2017); Isto Não é Um Monstro (2018); Era uma Tela em Branco (2018); Sou do Cante (2018); La Lontananza (2018); Aprometido (2020); Outros Soldados (2024) e Ponto de Encontro (2025).
Enquanto formador, com a Colecção B, Associação Cultural, cria o projecto Oficina Movimento (unidade de formação sobre movimento e improvisação) e simultaneamente inicia a sua colaboração enquanto monitor de dança para a infância com a PédeXumbo (Associação para a promoção de música e dança) em actividades de enriquecimento extra-curricular em várias escolas primárias do município de Évora em 2008, 2009, 2017 e 2018, trabalho que até hoje continua a desenvolver.
Realizou o Curso de Formação de Formadores “Desenvolvimentos Curricular em Artes” – Expressão Dramática – Teatro, promovida pela Equipa de Educação Artística do Ministério da Educação – Direção Geral da Educação (DGE).
Foi artista convidado na formação – Estratégias de Intervenção Cultural em Contexto Escolar promovida pela Equipa de Educação Artística do Ministério da Educação – Direção Geral da Educação (DGE).
Desde 2009 que desenvolve trabalho enquanto produtor cultural, tendo passado pelo Festival Escrita na Paisagem, Colecção B associação Cultural , Zorra Produções Artísticas, Pó de Vir a Ser, e desde 2019 que faz parte da equipa fixa de produção da PédeXumbo associação para a Promoção da Música e da Dança.
Entre 2018 e 2019 foi assinante do escultor João Culiteiro.
Enquanto cenógrafo, desenvolve trabalhos para as suas criações desde 2008 e, desde 2018, para outros artistas/grupos como Mara, Tó Zé Bexiga e Lado de Dentro (Joana Ricardo e Mariana Correia). Desenvolveu também cenografia/espaços cénicos para festivais como Artes à Rua (Évora), Festival Andanças (Castelo de Vide e Reguengos), Festival 20 anos PX (Évora) e Festival Desdobra-te (Évora).
Foi cenógrafo convidado para o Ciclo “Um Actor, Um Músico das Lendias D’Encantar, e também do projecto municipal dirigido pela maestrina Mara “Vozes de Abril” com apresentações públicas na Praça do Giraldo, Teatro Garcia de Resende e Praça do Sertório me Évora.
